Estive a ver os "Anjos na América" e fiquei estupefacto a ouvir e re-ouvir a descrição que o personagem Belize, interpretado por Jeffery Wright, fez quanto ao céu.
"É como São Francisco. Uma cidade grande, cheia de ervas daninhas, mas ervas daninhas florescentes. A cada esquina, uma multidão destroçada e qualquer coisa nova e perversa, a ascender diagonalmente nessa direcção. Janelas ausentes em todos os edifícios, como bocas desdentadas, vento arenoso e um céu cinzento e altaneiro, pejado de corvos. Pássaros proféticos. Lixo amontoado, com lapidações como rubis e obsidiana e vacas cor de diamante a cuspirem ao vento serpentinas e cabines de voto. E todos em vestes Balenciaga, com corpetes vermelhos. Enormes palácios dançantes cheios de música e luz. Impureza racial e confusão de géneros. E todas as deidades são crioulas. Mulatas. Morenas como as fozes dos rios. Raça, gosto e história finalmente suplantadas."
Fiquei a pensar, perante esta descrição do céu, como seria, para mim, o céu... Um dia irei escrever sobre isso.
Fim do blog
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Devido a recentes actividades ilícitas de certas pessoas da Internet, sou
forçado a terminar este blog e a retirar todos os meus poemas da net.
Se há coisa...
Há 14 anos
3 comentários:
Adoro essa série... simplesmente perfeita! Por acaso essa passagem também me marcou e fiquei a pensar nela bastante tempo.
Tenho que a rever brevemente...
Não vejo essa série, por isso não vi essa passagem! A minha presença aqui, agora é para te agradecer a força que me deste no meu espaço! Muito obrigado, senti nas tuas palavras a força que me tentas transmitir!Obrigado! Hoje é um dia em que estou mais nostalgico, onde o meu "olhar azul" não me sai da cabeça...que saudades!Mas eu seguirei em frente...eu vou conseguir!Acredito que sim...Abraço
Excelente essa série! Para mim decididamente que o céu não é o limite, é apenas um guia que me deixa ir muito mais além…
Abraço
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