6.6.07

Máscara

Acordou mais uma vez naquela cama solitária e espreguiçou-se. Levantou-se e colocou música a tocar. Tudo fez como já faz há imenso tempo. Saiu do quarto e cruzou-se com um colega de apartamento, cumprimentou-o. Disse estar bem e relaxado. Foi para a cozinha e bebeu um copo de leite. Cruzou-se com outro colega de apartamento. A mesma história: disse estar-se a sentir perfeitamente bem. Preparou-se para tomar um duche. Entrou na casa de banho, despiu-se, olhou-se ao espelho e meteu-se no duche... e chorou. Chorou até perder as suas forças debaixo daquele jacto quente de água. Chorou até o choro perder todo o seu sentido. E tomou o seu duche. Saiu do duche, secou-se e foi para o quarto vestir-se. Ao sair do quarto cruzou com o último colega do seu apartamento e disse sentir-se muito bem e que está feliz como está.

Mas lá no fundo ele sabe que a sua máscara não engana ninguém, apenas a si mesmo.

(Esboço de um texto para mais um dos meus pseudo-livros inacabados. LOL)

3 comentários:

Carlos Matos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ben_santos disse...

Gostei! hein, o senhor tem jeito!

AFSC disse...

Para quando o lançamento? ;)
continua a escrever, abraços migo,
@lex

 

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