Deslizo levemente para a cama atrás de ti enquanto a chuva cai freneticamente no vidro ao ritmo de pequenas pancadas secas, como pequenos dedos batendo no vidro, como se a chuva quisesse chamar a atenção para algo. O teu cheiro envolve-me por completo e cedo-me ao teu aroma. Abraço-te deitado atrás de ti e beijo o teu pescoço exposto ao frio. A pele de galinha e sinto o calor salgado a tua pele nos meus lábios. Contorces e murmuras algo imperceptível e ajeitas-te, encostando-te, encaixando-te a mim, como se procurasses o calor do meu corpo. A tua pele revela os seus segredos que recebo nos lábios enquanto me seguras a mão, apertando-a contra o teu peito. Sinto o leve bater do teu coração como leves batidas de pequenos dedos que ritmam na minha palma. Nesta meia-luz sinto o teu sorriso e o leve relaxar do teu corpo, enquanto entregas-te ao calor da minha segurança. As tuas costas expostas roçam na pele do meu peito como seda. O calor das tuas costas fazem-me sentir ainda mais acordado e tentado a explorar os contornos suaves do teu corpo adormecido com a ponta dos meus dedos. Contorces rendido a um sono pesado. Ajeitas-te inconscientemente cedendo os teus encantos. E, é com a chuva batendo levemente nos vidros embaciados do calor do quarto, e com o bater leve do teu coração e o calor do ar que nos separa que vou adormecendo lentamente, cedendo ao teu aroma e ao toque da tua pele sobre a minha.
(Um primeiro rascunho... Quero ver se desacelero o texto ainda mais.)
Fim do blog
-
Devido a recentes actividades ilícitas de certas pessoas da Internet, sou
forçado a terminar este blog e a retirar todos os meus poemas da net.
Se há coisa...
Há 15 anos
1 comentário:
desaceleração é bom. sobretudo na intimidade e no adormecimento. bom trabalho.
Enviar um comentário