Chamo por ti mas não me ouves, não vens, não olhas. Procuro por ti mas não te encontro, não te vejo, não te sinto. E fico escondido na minha própria mente, rondando as palavras que te quero dar e não posso. Não existes ainda. Não estás cá para ouvir as palavras que te quero dedicar. Mas não me sais do pensamento. Sonho contigo mas nem te conheço. Imagino-te. Crio-te. E continuas a esconder-te de mim. A escapar por entre os meus pensamentos como um gato brincalhão. Troçando de mim. Atiçando-me. Forçando-me a correr atrás de ti. Atrás de alguém que ainda não se cruzou comigo e que já deixa saudades. As palavras seguem-se umas às outras. Coloco-as em fila de espera. Fico a circundar as palavras, prometendo um dia dá-las, copiosamente. Mas, por enquanto, enquanto espero que chegues e me vejas e me ouças, vou guardando-as. Um dia também tu conhecerás as palavras que nunca te disse e que estão guardadas.
(Um outro esboço)
Fim do blog
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Devido a recentes actividades ilícitas de certas pessoas da Internet, sou
forçado a terminar este blog e a retirar todos os meus poemas da net.
Se há coisa...
Há 14 anos
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